São 11h30 da noite, subo as escadas aceleradamente em busca de algo que não encontro, vou pontapeado tudo à minha volta, como se resolvesse algo, como se o que procuro me caísse ali aos pés! De corredor em corredor, de quarto em quarto, procuro… não encontro… Passo por um espelho, onde todos os dias está, sempre ali esteve, mas hoje, nesse preciso instante, vejo o meu reflexo nele, não gosto, tenho raiva! Fico com vontade de o partir! Saio a correr como se o espelho viesse atrás de mim e me derrubasse. Desço as escadas aceleradamente, olhando para trás, verificado se o dito espelho corre atrás de mim. Saio porta fora, está frio, a noite esta tão escura, digo a mim mesma, “não tarda chove”. Dito e feito! Chove! Torrencialmente, e eu deixo-me estar, entretanto apercebo-me do que andava a procura, estava ali mesmo diante de mim. Deus!
“Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem; cada um como é.” Fernando Pessoa
Ambos existem; cada um como é.” Fernando Pessoa
Basta é entender a chuva e o sol….
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